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2012 - Livro Vermelho 2013

Asteranthos brasiliensis Desf. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 21-05-2012

Criterio:

Avaliador: Pablo Viany Prieto

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie apresenta distribuição relativamente ampla na Amazônia brasileira, incluindo áreas isoladas e minimamente afetadas pela ação humana.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Asteranthos brasiliensis Desf.;

Família: Lecythidaceae

Sinônimos:

  • > Asteranthus brasiliensis ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

A espécie é a única pertencente ao gênero Asteranthos e faz parte da subfamília Scytopetaloideae,que não possui nenhum outro representante no novo mundo (Morton et al., 1998, Prance; Mori, 1998).

Potêncial valor econômico

Foi encontrado registro emweb page da possível utilização desta espécie como ornamental em paisagismo(Braga, 2011).

Distribuição

A espécie ocorre em ambientes sazonalmente inundados no alto Rio Negro e Orinoco na Colômbia, Venezuela e Brasil (Mori et al., 1978; Prance; Mori, 1979). No Brasil a espécie ocorre no Estado do Amazonas (Smith et al., 2012).

Ecologia

Árvore de médio porte, alcançando até 15 m de altura, hermafrodita, ocorrendo emáreas sazonalmente inundadas em solos arenosos as margens do Rio Negro eOrinoco (Mori et al., 1978; Prance; Mori, 1979; Mori 2001). Apesar denão possuir estudo sobre polinização acredita-se que esta ocorra através deabelhas de médio porte, sua dispersão ocorre por meio aquático (Prace; Mori,1979; Mori 2001).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A diversidade e abundancia de espécies deLecythidaceae éconsiderada como indicador de florestas preservadas. A presença dessas espécies nas florestas do Rio Negro é resultadode interações comanimais, condições ambientais e mudanças climáticas e geológicas do passado(Mori, 2001). No entanto como já é sabido a Floresta Amazônica vem sofrendo aolongo dos anos intenso desmatamento, a área cumulativa desmatada na Amazônialegal brasileira chegou a cerca de 653 mil km² em 2003, correspondendo a 16,3%.Esse desmatamento vem sendo gerado por especulação de terras, crescimento dascidades, aumento na pecuária, exploração madeireira, agricultura familiar epara agroindústria, principalmente cultivo de soja e algodão (Fearnside, 2003;Alencar et al., 2004; Laurance et al., 2004; Ferreira et al., 2005). E essa ação dohomem pode interferir na interação planta/ animal, fator importante napermanência e evolução dessas espécies (Mori, 2001).

Ações de conservação

1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: "Baixo risco/quase ameaçada" (LR/nt), segundo a Lista vermelha IUCN (2001).

Referências

- SMITH, N.P; MORI, S.A.; PRANCE, G.T. Lecythidaceae in In Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <>. Acesso em: 03 abril 2012.

- MORI, S.A.DE OLIVEIRA, A. A.; DALY, D. A familia da castanha-do-Para: símbolo do Rio Negro. São Paulo, SP & New York, NY: Companhia das Letras, 2001. 141 p.

- MORI, S.A.; PRANCE, G.T.; ZEEUW, C.H. Lecythidaceae, Part 2. The Zygomorphic-Flowered New World Genera (Couroupita,Corythophora, Bertholletia, Couratari, Eschweilera, & Lecythis), With a Study of SecondaryXylem of Neotropical Lecythidaceae. New York, NY: New York Botanical Garden, 1990. 373 p.

- PRANCE, G.T.; MORI, S.A.HOPKINS, H.C.F.; HUXLEY, C.R.; PANNEL, C.M.; PRANCE, G.T.; WHITE, F. Pollination and dispersal of Neotropical Lecythidaceae. Londres: Royal Botanical Garden, 1998. 27 p.

- ALENCAR, A.; NEPSTAD, D.; MCGRATH, D.; MOUTINHO, P.; PACHECO, P.; DIAZ, M.D.C.V.; FILHO, B.S. Desmatamento na Amazônia: indo além da "emergência crônica". 2004. 89 p.

- FEARNSIDE, P.M. Biodiversidade nas Florestas Amazônicas Brasileiras: riscos, valores e conservação. Manaus, AM: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2003. 44 p.

- LAURANCE, W.F.; ALBERNAZ, A.K.M.; FEARNSIDE, P.M.; VASCONCELOS, H.L.; FERREIRA, L.V. Deforestation in Amazonia. Science, v. 304, p. 1109, 2004.

- FERREIRA, L. V.; VENTICINQUE, E.; ALMEIDA, S. O desmatamento na Amazônia e a importância das áreas protegidas. Estudos Avançados, v. 19, n. 53, p. 157-166, 2005.

- SILVA, J.M.C.; RYLANDS, A.B.; FONSECA, G.A.B. O destino das áreas de endemismo da Amazônia. Megadiversidade, v. 01, n. 01, p. 124-131, 2005.

- BRAGA, P.I.S. Paisagismo com plantas nativas pouco conhecidas - Asteranthos brasiliensis in Paisagismo Digital. Acesso em: 26 Abril 2011.

- PRANCE, G.T.; MORI, S.A. Lecythidaceae: Part I: The Actinomorphic-Flowered New World Lecythidaceae (Asteranthos,Gustavia, Grias, Allantoma, & Cariniana). New York, NY: New York Botanical Garden, 1979. 270 p.

- MORTON, C.M.; PRANCE, G.T.; MORI, S.A.; THORBURN, L.G. Recircumscription of the Lecythidaceae. Taxon, v. 47, p. 817-827, 1998.

- DUCKE, A. Arvores Amazônicas e sua propagação. Boletim do Museu Paranaene Emilio Goedi, v. 10, p. 81-92, 1948.

- PIRES O`BRIEN, J. Asteranthos brasiliensis in In: IUCN 2011. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2011.2. Disponivel em: <www.iucnredlist.org>. Acesso em: Downloaded on 26 April 2012.

Como citar

CNCFlora. Asteranthos brasiliensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Asteranthos brasiliensis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 21/05/2012 - 19:27:20